Álvaro Vince, sem roteiros (Parte IV)
As chamas do fogo dançavam no alto e davam beijos estalados nas paredes de madeira. O pequeno casebre fora totalmente consumido pelo incêndio. Não haveria nada ali que pudesse ser salvo. O garotinho chorava e agarrava-se as pernas da mãe. Era a sua casinha. Por que seu pai tinha feito isso? Por que ele destruíra a própria casa? Onde eles iriam morar agora? Olhou para cima, com a finalidade de observar o rosto da mãe. Ela não chorava, mas nos seus olhos ele podia ver uma dor lancinante. Abraçou-a com mais força do que podia com seus braços magricelos. Queria dizer com tal gesto que estava ali, do lado dela. Seu pai sempre bebeu muito, brigou muito e de vez em quando lhe batia com força. Mas nunca antes tinha feito algo que ele considerava tal abominável. Ele não queria mais ter um pai, só precisava da mãe e ficaria ao lado dela para sempre. Jurou para si mesmo. A visão de Álvaro estava turva. Há muito tempo não s