Postagens

Mostrando postagens de agosto, 2016

Quem morre se engana

Imagem
Quem morre se engana. Não passa o tédio, nem enaltece o drama daquele infinito particular ou coisa qualquer que inventaram para nos aprisionar. Apinhados entre barras de ferro, atados a nossos próprios instintos, caminhando por um percurso doloroso, atrozes e como lobos famintos. Estamos destinados, será? A morrer de amores e trepidar na intensa chama que se aquece ao luar, num falecimento múltiplo e sem pudores de tudo o que nos foi ensinado para se preservar. Mas para a nossa sorte, depois da morte indecifrável há sempre um ressurgimento. Como uma fênix, talvez. Aquela que ressurge das cinzas e joga beijos de esperança  aos outros pássaros que sonham com a sua magnitude. Quem morre também revive. Acontece o nosso ciclo da vida, esse trapaceiro! Morremos e revivemos a cada novo dia. Adquirimos experiências (boas e ruins) e construímos uma vida nova. Com base em artefatos das outras vezes em padecemos. Quem morre se engana ao achar que morrer é reviver sem nenhuma

O Vestido de Julieta

Imagem
Nem bolas, nem sapatos de cristais De uma vasta vinícola Percebia tudo por altos vitrais Numa pequena propriedade agrícola Seus olhos se enchiam de paixão Ao doce galanteio Das palavras escritas à mão Por um jovem um pouco alheio Tomou-se por sentimentos O amor outrora misterioso Um coração sempre atento Tornou-se o oráculo frondoso Cartas e bilhetes sem fim Pousavam na sua janela Declarações de um querubim As rosas, as violetas e as aquarelas Escolhera seu vestido mais bonito A pulsação ribombava Não vira seu rosto aflito Na ansiedade do momento que esperava Apertou bem forte o seu laço Por fim de tanto anseio Desejava um caloroso abraço Queria um longo beijo Ah! O vestido de Julieta, Esperando o seu Romeu. Gabriela Aguiar