Quem morre se engana
Quem morre se engana. Não passa o tédio, nem enaltece o drama daquele infinito particular ou coisa qualquer que inventaram para nos aprisionar. Apinhados entre barras de ferro, atados a nossos próprios instintos, caminhando por um percurso doloroso, atrozes e como lobos famintos. Estamos destinados, será? A morrer de amores e trepidar na intensa chama que se aquece ao luar, num falecimento múltiplo e sem pudores de tudo o que nos foi ensinado para se preservar. Mas para a nossa sorte, depois da morte indecifrável há sempre um ressurgimento. Como uma fênix, talvez. Aquela que ressurge das cinzas e joga beijos de esperança aos outros pássaros que sonham com a sua magnitude. Quem morre também revive. Acontece o nosso ciclo da vida, esse trapaceiro! Morremos e revivemos a cada novo dia. Adquirimos experiências (boas e ruins) e construímos uma vida nova. Com base em artefatos das outras vezes em padecemos. Quem morre se engana ao achar que morrer é reviver sem nenhuma