Por amor às causas perdidas
Às
vezes fico me perguntando por que mesmo nós temos que crescer e nos tornar
adultos chatos, sem nenhuma sensibilidade ou espontaneidade que tínhamos quando
éramos crianças. Ah, sim, somos adultos insuportáveis!
Bom
seria se pudéssemos dar uma volta na Terra do Nunca. Não culpo o Peter Pan por
escolher morar lá. Talvez eu também escolhesse ficar. Quantos mais não optariam
por isso?
Quando
a gente é criança, pensa que ser adulto é o máximo! Poder dirigir, ir pra onde
quiser, ser o que quiser... Mas aí quando crescemos, os sonhos vão minguando...
Ficando escassos. Aliás, existe mesmo algum sonho?
Ser astronauta torna-se impossível. Atriz de
TV é muita exposição. Detetive é perigoso demais. Astro do rock é muita
instabilidade. Escritor morre de fome. Professor? Ninguém quer saber.
Tudo
vai perdendo um pouco a graça. Porque a cada dia nós perdemos um pouco a autenticidade
do “ser criança”. Perdemos a nossa vontade de lutar pelas causas “impossíveis”
e perdidas.
Por
isso, ao invés de se espelharem no presidente, no prêmio Nobel, ou na grande
figura da sua profissão, procurem observar mais os seus filhos ou aquela criança
que existe dentro de você (em algum lugar). Tenho certeza que vai te dar mais
energia e ânimo pro futuro.
Ah
sim, Humberto Gessinger, seja o que for... Seja por amor às causas perdidas!
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