Postagens

Mostrando postagens de abril, 2013

Xeque mate

Imagem
Olhou para o relógio no pulso. Estava impaciente e por isso batia seus pés compassadamente no chão. Mais de 15 minutos de atraso, seria possível que todas as mulheres fossem mesmo desorganizadas quanto ao horário? Ou era apenas parte do charme para deixar a mente de um homem aflorar pelos caminhos que bem entendesse? Nunca saberia a resposta. Nem queria, de fato. Apenas desejava que ela chegasse logo. Ele não era um homem de muitas palavras. Nunca fora um bom observador, nem tampouco sabia analisar qualquer tipo de comportamento. Mas tinha certeza que o que aquela mulher estava fazendo era para lhe provocar um colapso nervoso. Ela sabia que ele possuía a pontualidade inglesa, mas mesmo assim insistia em se atrasar. E vejam só, quase 20 minutos agora. Por que mesmo ele a tinha convidado pra sair? Não tinham quase nada em comum, torciam para times rivais, gostavam de comidas diferentes e a música que ela ouvia era um lixo total. Ele coçou as têmporas lentamente.

A utilidade de uma metáfora

Imagem
Eu poderia estar escrevendo um sutil poema, desses em que a alma não se faz pequena. Ou que os versos fossem singelos sussurros do que se passa em torno do meu inconsciente, fingindo não libertar-se da razão que outrora fora mencionada. Talvez houvesse rimas pobres, ricas, intercaladas ou qualquer um desses nomes designados para sintetizar algo. Mas estou escrevendo em prosa que tem toda a sua beleza descrita em parágrafos corridos.             Não é uma questão de preferência ou alternância de estilos de escrita, digo que é vontade. Às vezes me interesso por compor versos, porém há dias em que nada é melhor do que uma prosa seja ela boa ou não. É bem interessante notar que figuras de linguagem, com metalinguagem ou sem, encaixam-se perfeitamente nos dois estilos de texto. Então por que não explorá-los?                                    Uma divisão corriqueira em parágrafos ou estrofes, não há mal algum em ser linear de vez em quando, isso pode ser tra