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Mostrando postagens de novembro, 2015

Álvaro Vince, sem roteiros (Parte IV)

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          As chamas do fogo dançavam no alto e davam beijos estalados nas paredes de madeira. O pequeno casebre fora totalmente consumido pelo incêndio. Não haveria nada ali que pudesse ser salvo.             O garotinho chorava e agarrava-se as pernas da mãe. Era a sua casinha. Por que seu pai tinha feito isso? Por que ele destruíra a própria casa? Onde eles iriam morar agora?             Olhou para cima, com a finalidade de observar o rosto da mãe. Ela não chorava, mas nos seus olhos ele podia ver uma dor lancinante. Abraçou-a com mais força do que podia com seus braços magricelos. Queria dizer com tal gesto que estava ali, do lado dela.             Seu pai sempre bebeu muito, brigou muito e de vez em quando lhe batia com força. Mas nunca antes tinha feito algo que ele considerava tal abominável. Ele não queria mais ter um pai, só precisava da mãe e ficaria ao lado dela para sempre. Jurou para si mesmo.             A visão de Álvaro estava turva. Há muito tempo não s

Bem-vindos! Mas não queiram ficar...

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Bem-vindos ao mundo no qual a demonstração de afeto é algo absurdo. Onde o amor é "coisa de filme" e os bons sonhos são bobagens. Bem-vindos ao mundo em que o egoísmo vale milhões e o caráter não vale mais do que alguns centavos. Bem-vindos ao mundo em que a alma não significa muita coisa e a fé é apenas um acessório a ser pendurado no pescoço. Sejam todos bem-vindos! Mas, por favor, não façam questão de ficar. Sempre podemos escolher o diferente e, quem sabe, construir um novo mundo. Está tudo aí, nas nossas mãos! G. C. L. A.