Diálogo bobo
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Você tirou a sorte grande, gatona!
- Cala essa boca.
- Confessa que me ama.
- Prefiro morrer!
- Olha lá o que você tá dizendo hein?
- Quer que eu repita? P-R-E-F-I-R-O M-O-R-R-E-R
- Eu só posso sorrir disso.
- Faça o que você quiser, só cale essa maldita boca e me
deixe em paz.
- Viiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiixe. Tá irritadinha é?
- Vai pro inferno.
- Ora vamos lá, é só você dizer que me ama.
- Deixa eu terminar a droga desse trabalho.
- E aí você vai dizer que me ama?
- Jamais.
- Tudo bem, tudo bem. Vou deixar você quieta.
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- Você tá tão calado...
- Não foi você que me mandou te deixar em paz?
- É.
- Estou obedecendo.
- E você me obedece desde quando mesmo?
- Desde quando eu quero.
- Tá zangado?
- Não. Só estou calado.
- Isso é estranho. Muito estranho.
- Eu sou estranho.
- Nem tanto. Às vezes você é legal.
- E foi por isso que você quis namorar comigo?
- Não. Foi por causa do empadão de frango que você sabe
fazer.
- Interesseira!
- Sou mesmo. Quem foi que disse que não?
- Não vai dizer que me ama?
- Depende... Tem empadão pro jantar?
- Não. Desaprendi a cozinhar.
- Ok. Te amo.
- E a história de gostar de mim por causa dos meus dotes
culinários?
- Aprendi a gostar de você mesmo sem eles.
- Você é terrível!
- É, eu sei. Agora vou voltar a me concentrar no trabalho
enquanto você cozinha.
- E eu não ganho nenhum beijo?
- Não.
- Tudo bem, eu gosto de roubar mesmo.
Gabriela Castro Lima Aguiar
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