Sem pé e com cabeça

O fantástico teatro dos que não têm nada a dizer, mas estão sempre dizendo alguma coisa. Começa assim, discursando sobre nada, misturando algumas mensagens sentimentais, para ver se tocam o coração dos seus ouvintes. Geralmente dá certo. Uma historinha sem pé nem cabeça bem contada, muitas vezes, faz mais efeito do que a verdade propriamente dita. Se minha avó me visse utilizando esses termos, provavelmente faria alguma correção, com seu português depois do impecável e depois diria que eu tenho muito futuro na escrita. Mas será mesmo? Porque andei abandonando a escrita esses últimos tempos – ou teria sido ela que me abandonou? Hoje me deu vontade de escrever. Terça-feira, 19h29min (isso significa alguma coisa?). E fui escrevendo da forma como as palavras estavam na minha cabeça, uma bagunça completa (complexa). Escrevi a última linha e me lembrei de uma pessoa que conheci esses dias. Ela disse que não gostava de parênteses, achava brega. Mas gente?! Qual a breguice de escrever também os pensamentos dentro deles? As pessoas são realmente fascinantes (e bregas). Muito tempo sem escrever e quando volto, escrevo um texto desse. E querem saber? Eu gostei. Por isso estou publicando no blog, mas talvez eu me arrependa e apague dois dias depois. A mente humana é realmente fascinante. Vocês sabiam que eu sou péssima com títulos? Geralmente, a parte mais difícil de um texto para mim é colocar um título. Como resumir tanto sentimento posto para fora em uma linha? Se você leu esse texto até aqui, obrigada. Me sinto muito lisonjeada que esse turbilhão de pensamentos tenha te prendido até aqui. Lembram o que falei no início do texto? Cuidado com as histórias sem pé nem cabeça que vocês andam ouvindo, se envolvendo e acreditando por aí.

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