Asas e rimas
Escrever por horas me perturba o juízo
Em dias chuvosos de puro desdém
As palavras inocentes caem como granizo
Na folha branca que não a contém
Quem me dera poder fazer algo mais
Sentidos cruzados de uma prosopopeia
Fantasias e máscaras de coloridos carnavais
Talvez se admirasse a curta odisseia
Asas esculpiram-se da fina coluna
Pequenas, para não chamar atenção
O céu preencheria uma grande lacuna
Que há tempos brota de solidão
E daqui partem rimas intercaladas
Ricas, pobres, doentes, aflitas!
Mas por dever foram galgadas
Em simples casas de palafitas
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