Quem morre se engana
Quem
morre se engana. Não passa o tédio, nem enaltece o drama daquele infinito
particular ou coisa qualquer que inventaram para nos aprisionar. Apinhados
entre barras de ferro, atados a nossos próprios instintos, caminhando por um
percurso doloroso, atrozes e como lobos famintos.
Estamos
destinados, será? A morrer de amores e trepidar na intensa chama que se aquece
ao luar, num falecimento múltiplo e sem pudores de tudo o que nos foi ensinado
para se preservar.
Mas
para a nossa sorte, depois da morte indecifrável há sempre um ressurgimento.
Como uma fênix, talvez. Aquela que ressurge das cinzas e joga beijos de
esperança aos outros pássaros que sonham com a sua magnitude. Quem morre também
revive.
Acontece
o nosso ciclo da vida, esse trapaceiro! Morremos e revivemos a cada novo dia.
Adquirimos experiências (boas e ruins) e construímos uma vida nova. Com base em
artefatos das outras vezes em padecemos.
Quem
morre se engana ao achar que morrer é reviver sem nenhuma sombra do passado.
Reviver é apenas uma forma de mostrar que se consegue conviver com todos os
danos passados e tirar o maior proveito disso, um crescimento humano.
Nós
morremos algumas vezes durante as nossas vidas. E renascemos infinitas vezes
mais. Ainda bem!
Gabriela
Aguiar
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