O Vestido de Julieta
Nem
bolas, nem sapatos de cristais
De
uma vasta vinícola
Percebia
tudo por altos vitrais
Numa
pequena propriedade agrícola
Seus
olhos se enchiam de paixão
Ao
doce galanteio
Das
palavras escritas à mão
Por
um jovem um pouco alheio
Tomou-se
por sentimentos
O
amor outrora misterioso
Um
coração sempre atento
Tornou-se
o oráculo frondoso
Cartas
e bilhetes sem fim
Pousavam
na sua janela
Declarações
de um querubim
As
rosas, as violetas e as aquarelas
Escolhera
seu vestido mais bonito
A
pulsação ribombava
Não
vira seu rosto aflito
Na
ansiedade do momento que esperava
Apertou
bem forte o seu laço
Por
fim de tanto anseio
Desejava
um caloroso abraço
Queria
um longo beijo
Ah!
O vestido de Julieta,
Esperando
o seu Romeu.
Gabriela
Aguiar
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