De mãos dadas
De braços entrelaçados por esse
vertiginoso caminho
As mãos parecem inerentes à altura do
solo
Os passos não são simétricos, mas
acompanham-se
Os rostos gélidos se aquecem num sorriso
E nessa caminhada dois seguem uma
direção
Há esboços de paixão, de almas afins
Que se encontram no mais sutil choque de
dedos
Nesse momento, a brisa vem soprar suas
faces
Por dentro há uma revolução acontecendo
Alguma coisa queima impiedosamente
Mas não é ruim, esse fogo poderia nunca
cessar
Seria bom que essa queimadura ardesse
sempre
Havia poucos sons naquele caminho
Contudo, com atenção, percebe-se a
intensidade
E olhando atentamente, a beleza do
momento
Eram só jovens passeando de mãos dadas.
Gabriela Castro Lima Aguiar
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