Quando de TPM...
E na necessidade de falar, calou-se. Pensou consigo mesma que
já não bastavam palavras. Aliás, nada era suficiente para suprir as
enfermidades que afetavam sua mente. Talvez houvesse uma cura no tempo ou um
contorno mais fácil para o fim do rio. Calou-se. A dor agora lhe afetava os
ossos, psicológico ou não, incomodava.
Todos percebiam sua inquietação, mas também calavam-se. Tão
comum se aquietar quando não se sabe o que fazer... Agir parecia mais fácil,
abraços, sorrisinhos de canto de boca e tapinhas discretos no ombro. A intenção
provavelmente seria confortar, deveria ser.
Continuava calada, entre falar o desconexo e omitir-se
preferia a segunda opção. Na verdade, nem entendia o que era o problema, talvez
nem houvesse algum. Aliás do que mesmo estavam falando? Só queria estar em
silêncio. Ouvir o canto das suas próprias lágrimas e a explosão dos seus
hormônios potencializando sentimentos.
Gabriela Castro Lima Aguiar
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