Uma oração
De que servem minhas palavras, se não se
acendem velas
É como um barco em alto-mar, a paisana, pintado
em telas
De que serve minha sufocante, tola e
inútil vontade
Se no final há quase tudo, menos vestígios
de bondade
Não me interesso por ricos devaneios ou
sábias lições
Gosto daquelas sutis palavras, que tocam
os corações
Não me interesso por prédios, nem ruas de
asfalto
É mais bonito ver passarinho cantando,
voando no alto
Eu procuro andar com passos longos,
confiantes de fé
Acredito em Deus, em espíritos de luz, em
anjos até
Não quero essa triste rotina de quem
descrê na vida
É tão surpreendente, e mesmo triste,
faz-se colorida
E então vou terminando minha oração devagarzinho
Fiz sem pressa, com sinceridade e traços de
carinho
E aqui por fim agradeço a tudo que Deus tem
me dado
Inclusive, essa mania de escrever que me é
de bom grado
Assim converso um pouquinho todos os dias
com o Pai
Falo sobre o que aconteceu, e se ele quiser,
o que ainda vai
Aos poucos vou abrindo meus olhos, cantando
uma canção
Não esqueci de agradecer nada, só peço em
troca sua benção
Gabriela Castro Lima Aguiar
Comentários
Postar um comentário